eu penso no
peso do centro
do meu estado
denso
então, me preparo
pássaros sem fôlego
não voam
11.7.06
por mais que eu tente, os desejos sempre gritam. e nunca é tão simples, porque apesar de tentar e pensar "oh, fique quieta", os olhares em mim são inevitáveis, junto com as vontades. um beijo não é tão simples quanto parece, principalmente quando num banheiro, no escuro, inesperado. olhares não dizem nada, excepto quando de violão a tira colo e pele a tira olho. beijos e abraços nunca são de despedida quando as mãos e as bocas se misturam num eloquente grito de clemência para o "não", o "fica", o "diz tudo aquilo que eu quero que você diga". olhares nunca vazios quando seus olhos também me procuram. uma taça de vinho e um abraço. um beijo. tchau.
5.7.06
2.7.06
Entendo que, como antes, hoje continuas apenas uma estranha.
Acontece-me calar, o silêncio de uma voz magoada. Dançando as mãos.
Respiro entre o bulício dos sons em que as nossas vidas se perderam.
Não importa que estejas longe, maltrata permaneceres aqui.
Quando tempo e espaço se fundirem lentamente, conseguirás ouvir as palavras gravadas nos gestos.
E vou desenhar as linhas do teu corpo em silêncio, num quarto vazio. Vazia.
Acontece-me calar, o silêncio de uma voz magoada. Dançando as mãos.
Respiro entre o bulício dos sons em que as nossas vidas se perderam.
Não importa que estejas longe, maltrata permaneceres aqui.
Quando tempo e espaço se fundirem lentamente, conseguirás ouvir as palavras gravadas nos gestos.
E vou desenhar as linhas do teu corpo em silêncio, num quarto vazio. Vazia.

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